domingo, 31 de agosto de 2014

Para se mochilar é preciso planejar!

Dependurar as chuteiras?
Naquele ano de 2011, resolvi encerrar minhas aventuras mochileiras com uma viagem pelo Brasil, afinal de contas meus meninos já estavam meio grandinhos 17 e 18 anos. Que interesse teriam de viajar com a mãe? Seus interesses agora seriam outros. Então, nada como fechar o ciclo de mãe mochileira com a terra de origem! Mas... algo aconteceu! Naquele ano, o Felipe passou no vestibular em engenharia química na Poli e depois foi aprovado num programa de dupla formação no exterior e no ano de 2013 foi para França. E eu, não poderia deixar de aproveitar a oportunidade e realizar um velho sonho que  cultivava desde a adolescência: conhecer a Europa. Deus me deu esse presente, e assim, iria visitar e Felipe e de quebra dar uma visitadinha nos países do velho continente.

Nosso Grupo
Ao compartilhar meu sonho, várias pessoas se empenharam em ir e assim formamos um grupo de 4 jovenzinhas entre 49 e 60 anos, mais o meu filho de 20 anos que estava na França e que se encontraria com a gente por lá. Então já viu, né? Lembrei o filme da Era do Gelo, onde o Sid fala: - "Não sei o que vocês acham, mas somos o bando mais estranho que já vi". Foi hilário, o Fe conduzindo graciosamente esse pequeno "rebanho".


Para onde ir em julho/2014
Mandei um e-mail para o nosso grupo pedindo que compartilhasse quais países da Europa gostariam de ir. Ao receber os países, peguei um mapa da Europa  a tracei as cidades mais viáveis: Lisboa, Barcelona, Andorra, Paris, Londres, Amsterdã, Berlim, Veneza e Roma.  Mas... achei melhor já comprarmos as passagens, afinal de contas, iríamos na alta temporada e os preços poderiam subir demais. Então em novembro/2013, compramos nossa passagem para 01 de julho de 2014 - ida: GRU São Paulo > Portugal e volta 30 de julho: Roma/Fiumicino > São Paulo GRU. Compramos pela TAP e pagamos R$ 3.880,00. Parcelamos em seis vezes. Sei que não ficou muito em conta a nossa passagem, mas julho é um mês difícil de conseguir promoção daí não quis arriscar. Em maio já estávamos livres de parcelas e isso foi bem positivo. Eu também  não queria abrir mão de fazer a nossa entrada por Portugal por causa da língua e realmente foi uma decisão prá lá de sábia, pois nosso inglês estava bem precário. 



Nunca viaje em alta temporada (odeio essa frase)
Sempre que pesquisava sobre como economizar,  as pessoas diziam: evitem a alta temporada. Daí não se viaja na alta, se você é pobre? Pior ainda  se você é uma pobre e mortal professorinha como eu, daí é que não viaja nunca... está fadada a viajar somente nos livros? Pede demissão no serviço ou muda de profissão? Eu só sei que não levei a sério essa falácia. Descobri que não é a alta temporada que tanto encarece, mas a falta de um planejamento prévio e esse nos ajudou e muito! Tanto é que quando retornei da viagem não tinha dívidas, pelo contrário, não consegui gastar todos os euros e voltei com alguns deles (é claro que depois dei pro Felipe usar lá na França, antes que você me peça alguns - rsrsrs).  Então, bora planejar!

Planejar e planejar - Uma planilha de gastos de viagem para Europa
O restinho de dezembro/2013 e  janeiro/2014 foi para ler, planejar, calcular e estudar. Descobrimos que viajar de avião entre os países era mais barato, então iniciamos a compra de passagens aéreas e reservas de hosteis, hoteis e residenciais. Procurei não seguir uma receita ou padrão, mas aquilo que se encaixava melhor no nosso bolso. Todos estavam cientes que não teríamos luxo algum e o critério para reservar uma hospedagem era a  localização (lugares centrais) e preço acessível. Passei dias e noites, pesquisando. O google maps era meu aliado, pois realmente queria saber se o local reservado existia e nunca deixava de ler os comentários, embora nunca me valesse deles, pois todos os que fomos tinham críticas negativas, mas não me importava, pois não tínhamos dinheiro para um 5 estrelas, ou melhor 1 estrela (rsrs). E foi ai que surgiu essa planilha de custos de viagem que foi a nossa base na viagem inteira. Quer saber quando gastamos, onde nos hospedamos, quantos dias ficamos em cada país, qual foi a locomoção para cada país? É só checar na nossa planilha. Embora tivemos gastos adicionais como alimentação, passeios, seguro-viagem e outros. Mas isso vai ficar para uma próxima postagem. 





quinta-feira, 28 de agosto de 2014

O primeiro mochilão a gente nunca esquece

Quando os nossos filhos nasceram nos anos de 1994 e 1995, ficamos naquele impasse de procurar sempre dar coisas boas para eles. Eu nunca fui de dar presentes, mas sempre gostei de proporcionar a eles bons momentos,  assim sendo,  quando eram crianças bem pequenas, sempre íamos para hoteis-fazenda. Era bom para eles e para a "mamãe" também, pois enquanto eu descansava um pouco dos afazeres domésticos, eles se divertiam bastante. Mas eles cresceram um pouquinho e os preços dos hoteis-fazenda mais ainda, pois agora não tinha mais isento ou meia entrada. Fomos obrigados a excluir os hoteis-fazenda da lista e as viagens também, pois era tudo muito oneroso. O tempo foi passando e nunca tínhamos dinheiro para fazer uma boa viagem de férias, contentávamos em ir ao zoo, shopping ou play-center nas férias. Mas foi naquele ano de 2004 que resolvi fazer algo meio fora do convencional. Comecei a cotar preços para uma viagem à Argentina, mas daquelas estilo mochilão, pois pacote turístico ficaria caro demais.  Cotei passagem de avião para 3, mas ficava cara demais para aquele mês de julho, pois era alta temporada. Cotei passagem de ônibus e descobri que cabia no meu bolso. Pela internet cotei um hostel (albergue) que também cabia no meu bolso. Imprimi mapas de Buenos de Aires, e passava horas e mais horas lendo sobre  essa cidade portenha. E assim, naquele inverno de 2004 encaramos uma viagem de 36 horas, com dois garotos de 8 e 10 anos e saímos para a nossa primeira aventura. Quando o ônibus estacionou na rodoviária, pegamos um táxi e fomos para o Aventura Inn, bem próximo a Calle Florida. Ali vivemos momentos muito gostosos de amizade, de aventura, de risadas e de descontração. Uma vez li que  que esse tipo viagem gera adrenalina e é viciante, pois é, fui picada por esse vírus e nunca mais consegui parar de mochilar.

Mas... por hora é só. Tenho muito mais para escrever, mas se  ficou com gostinho de quero mais e se quiser ler sobre os outros mochilões que fiz nesses 10 anos, acesse: Linólica kids - entre no link VIAGENS.

E na próxima postagem: Europa: Como tudo começou...


Algumas fotos antigas do meu primeiro mochilão em julho de 2004